Organizando um sistema para monitorar as despesas domésticas

Manter a organização financeira é fundamental para garantir estabilidade. Está planejando uma viagem ou quer comprar novos itens para você ou sua casa? Então saiba que essa organização é ainda mais indispensável para evitar problemas e contrair novas dívidas.
Portanto, a compra de uma nova televisão, geladeira ou fogão só pode ser feita quando se tem certeza de que essa aquisição não irá atrapalhar as suas despesas a longo prazo. Mas como organizar um sistema eficiente que faça esse monitoramento e garanta que você não termine o mês no vermelho? Saiba o que você pode fazer no texto a seguir.
Faça um levantamento de todas as fontes de renda
O primeiro passo para fazer o monitoramento correto da sua saúde financeira é identificar quais são suas fontes de renda, ou seja, quais atividades rendem dinheiro todos os meses. Isso inclui os salários de todos os membros da família (que são a principal fonte de renda), mas também pode incluir outras fontes de renda, como pensões, trabalhos autônomos, rendimentos de investimentos e aluguéis.
Desse modo, deve-se somar todos esses valores para saber qual é o valor total disponível para gastos. Esse valor será o máximo permitido para gastar dentro do mês, com o objetivo de fazer com que a soma total das despesas não ultrapasse esse montante.
Anote todas as despesas fixas e variáveis
Assim como você anotou todas as fontes de renda, chegou a hora de anotar todas as despesas que a família possui. Elas podem ser divididas em dois grupos principais: as fixas, que ocorrem todos os meses e apresentam valores previsíveis; e as variáveis, que podem mudar tanto de frequência quanto de valor de um mês para o outro.
Que tal alguns exemplos para entender melhor? No primeiro grupo, estão gastos como condomínio, financiamento ou empréstimos, aluguel ou prestação do imóvel, mensalidade de escola ou faculdade e plano de saúde. Já no segundo, estão as contas de luz, água e gás, alimentação, transporte (seja combustível ou transporte público) e despesas com lazer.
Defina limites de gastos por categoria
Quando você fizer todo esse levantamento, ficará muito claro se suas despesas estão dentro do seu orçamento ou não. Mas, para ter um controle ainda melhor, é recomendado definir limites de valor para cada categoria. Assim, deve-se definir uma quantia máxima para despesas com supermercado, lazer e transporte, levando em conta o quanto do orçamento as despesas fixas já consomem.
Envolva a família no planejamento
Para um controle mais eficiente, que impeça a criação de dívidas, é indispensável que todos os membros da família façam parte do planejamento. Afinal, se é preciso definir limites de despesas, não é justo que apenas alguns membros tenham que sofrer cortes de gastos enquanto outros não.
Portanto, a solução é envolver todos nesse planejamento e monitoramento financeiro. Cônjuges, filhos e demais familiares devem opinar e participar para que se crie uma cultura de disciplina e responsabilidade, com todos entendendo o que precisam fazer para não extrapolar o orçamento.
Conte com a ajuda de aplicativos de controle
Antigamente, o controle financeiro era feito na ponta do lápis, anotando tudo na caderneta. Esse método ainda é eficiente nos dias atuais, mas existem outras ferramentas úteis para fazer o controle financeiro. Aplicativos de finanças pessoais são um exemplo disso, uma vez que eles enviam lembretes no smartphone para ajudar a manter o orçamento sob controle.
Há ainda ferramentas de planilhas, como o Excel e o Google Planilhas, que ajudam a detalhar o orçamento e os gastos, permitindo total controle do fluxo de caixa. Assim, é importante encontrar a ferramenta que te deixa mais confortável em manusear.
Crie uma reserva de emergência
Por fim, não poderia ficar de fora a recomendação de planejar e criar uma reserva de emergência. Consertos e reparos urgentes, problemas de saúde e demissões são alguns dos imprevistos que podem abalar o equilíbrio financeiro dentro do mês. Com uma reserva de emergência construída, é possível cobrir esses custos sem criar dívidas.
A construção da reserva é feita mês a mês. O ideal é que pelo menos 10% a 15% da renda total da casa seja destinada à reserva, evitando utilizá-la em situações que não sejam emergenciais. A reserva deve ter de 3 a 6 meses do valor das despesas da família, garantindo, assim, um tempo saudável para normalizar as finanças.